Klinklang & Friends

Como havia prometido, farei a análise do deck que eu usei no City de Petrópolis. Quem quiser conferir o report basta clicar aqui.
Todos devem saber que nos EUA este deck ainda é uma aparição relativamente comum nos eventos oficiais, talvez por ser uma variação do deck usado pelo campeão nacional dos EUA John Roberts II. Porém aqui no Brasil não é bem assim. As minhas queridas engrenagens parecem não ter caído muito no gosto dos players brasileiros. Mas ainda assim eu resolvi me empenhar em jogar com esta estratégia. O deck é bem estável e flexível, seu único problema é ser relativamente lento se comparado às estratégias do formato atual, mas com as Max Potions fica relativamente fácil de tampar este buraco na estratégia. Agora vamos a análise:

Minha lista não difere muito das outras versões de Klinklang. Optei por jogar apenas com o Klinklang da BW, testei por um pequeno período usar o da Emerging Powers para recuperar energias especiais perdidas, mas eu nunca tinha tempo hábil para montá-lo e as vezes ele vinha na minha mão na hora errada, por isso o tirei da lista. Quanto aos Pokémons atacantes a maioria não é novidade exceto por três escolhas:
Kyogre-EX
Mesmo tendo Keldeo-EX como representante do tipo água, resolvi manter este Pokémon no deck por ele ter uma certa sinergia com a estratégia. Por pior que possa parecer, ele é um bom inicial, com duas energias ele ja ataca e me dá a opção de trocá-lo da posição de ativo. Ele também é compatível com Heavy Ball e é um counter para Eelektriks e Garbodors. Alem de ter uma sinergia com meu segundo EX não muito convencional.
Groudon-EX
Optei por colocá-lo no lugar do Terrakion NVI devido ao "teto de dano" mais alto do seu segundo ataque, Giant Claw, que chega a atingir 120 caso o adversário tenha 2 ou mais marcadores de dano. Sem contar que caso eu comece com ele eu tenho um dano melhor do que os míseros 30 de dano do Retaliate do Terrakion. Além dele ter mais HP e aguentar alguns turnos a mais caso seja necessário.
Cobalion NVI
Eu sei que o formato não é nada favorável para o uso deste pokémon devido a facilidade de recuo/troca, temos Keldeo-EX e Darkrai-EX que facilitam esta troca com suas habilidades, temos Skyarrow bridge que zera o recuo de muitos Pokémons além da grande quantidade de switch que são usados em decks com Pokémons mais pesados como o White Tea. Mas mesmo sabendo disso eu resolvi dar uma chance para o mosqueteiro de metal. Eu sabia que ele não seria muito útil, mas no final das contas ele me deu um bom suporte contra White Tea's e algumas variantes de Darkrai. Sem contar é claro que ele é um bom counter para Mewtwo-EX e Sigilyph.

Quanto as Trainers não há nenhuma novidade. Usei 3 Skylas devido a imensa estabilidade que esta carta fornece, principalmente se usada com a Computer Search. Optei por usar 1 cópia de Energy Search para não perder o energy drop do turno. Uma vez que o deck não conta com nenhuma carta para aceleração de energia, perder a energia do turno pode atrasar e muito o funcionamento do deck. Não tinha dúvida alguma de que era necessário usar 4 Max Potions, teria a opção de até mesmo descartar uma delas com Juniper ou Ultra Ball ou Computer Search. Mesmo contando com Keldeo e Darkrai + duas energias Dark, resolvi usar 3 switchs para o caso de topar com alguma variante de Garbodor, e para garantir a troca caso não conseguisse montar estes Pokémons a tempo.

A estratégia do deck é simples, montar o Klinklang e ter pelo menos 2 atacantes em campo, de preferência Darkrai-EX ou Keldeo-EX e mais algum. Com a habilidade do Klinklang eu posso mover as energias metálicas e o deck conta com 9 delas (4 Prisms, 4 Blends e 1 Metálica básica). O ideal é substituir o Pokémon com dano por algum sem dano algum que esteja no banco, mover as energias e curar o dano com Max Potion sem descartar energias. É óbvio que nem sempre as Max Potions estão em maõs e as vezes é necessário mandar algumas energias Dark para a pilha de descarte para evitar que o adversário pegue algumas prizes. O deck conta com vários tipos de Pokémon devido a versatilidade que a Prism e a Blend trazem, permitindo cobrir um grande número de fraquezas. O set up é um pouco lento, mas depois de montado consegue resistir bem. Na maioria dos meus jogos eu tive um bom desempenho, salvo algumas travadas no meu deck e algumas jogadas de muita sorte dos meus adversários. O deck tem uma enorme desvantagem para estratégias que descartam energias. Enfrentar um hammertime é praticamente uma derrota certa. Pokémons que possuem ataques que descartam energias especiais como Garchomp e Kyurem-EX também podem te atrapalhar bastante, mas ainda existe uma pequena chance de contorná-los. Infelizmente eu receio que o próximo formato (com a Plasma Storm) não vai ser muito favorável para este deck, mas ele ainda tem muito potencial.

Fonte das imagens: Bulbapedia